Quem sou eu

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Mulher, mãe,profissional,amiga dos meus amigos e pronta para novas amizades. Ainda acredito no ser humano...mas não sou ingênua ou burra. Até mesmo, bastante inteligente...eu sei. Talvez um pouco tolerante demais , mas não queira ultrapassar os meus limites, fico irreconhecivel!(já me disseram). EU SOU assim.

quarta-feira, 22 de abril de 2009












Muitas vezes escutamos os ditados populares e até mesmo nos utilizamos deles sem que, no entanto façamos uma reflexão sobre o alcance da mensagem.
Quando do nascimento da filha de uma grande amiga, levei a ela uma pequena árvore, aqueles falsos bonsais que se encontram por ai, com um cartão que dizia mais ou menos assim...Três coisas são importantes na vida de qualquer pessoa: ter um filho, plantar uma árvore e escrever um livro...Minha colaboração vai com a árvore, o filho você já tem e agora só falta escrever o livro...
Hoje, refletindo sobre a passagem do Zé, consegui entender que certas pessoas passam por nós sendo exatamente o que dizemos nesse ditado.
São muitas as manifestações de pesar pela grande perda desse amigo tão especial, carinhoso, caridoso, que sempre nos acolheu em sua casa junto com a família, na oferta dos alimentos lá elaborados pela sua esposa, a querida Glória e com a convivência com seus filhos tão generosamente.
Ele dividia sua vida, seu espaço de vida com cada um que chegava a pedra do forno, ou ao restaurante, apenas para olhar a paisagem, ficar tomando sol entre as galinhas e olhando os peixes ou sentava-se a uma mesa para beber uma cerveja, tomar uma caipirinha de limão cravo – o “ suquinho” , como chamávamos ou almoçar de fato.
Entendo hoje que ele acolhia cada um de nós como filhos, então foram muitos os que recebeu e teve de fato.
As árvores plantadas fisicamente junto com todos os que estiveram envolvidos no reflorestamento da região, ou manutenção da flora que ele tanto cuidava e admirava, foram muitas.
Plantadas no ideal de cada pessoa que por lá passou e pode compartilhar da beleza da montanha, das flores, dos beija flores que sem medo se aproximavam da casa todos os dias, enfim plantou muitas árvores no coração e consciência de todos que conviveram um pouquinho, muitos anos ou apenas de passagem uma única vez no restaurante.
E o livro...Ah, esse ele escreveu muitos!
Em cada história que agora vem à lembrança de todos que sentem e sentirão sua falta.
Em cada passagem alegre ou triste compartilhada, em cada risada das conversas nas mesinhas comendo torresmo ou falando sobre as pequenas orquídeas vermelhas, nativas da região e que ele queria tentar cultivar em uma estufa (essa é uma das histórias que ficaram em mim...).
Nos seus netos que infelizmente pouco tempo tiveram para conviver com este ser tão especial, mas que certamente terão muito orgulho da descendência, do avô tão querido por todos.
Agora, resta dizer à Glória e filhos, obrigada pela acolhida em sua família, pela convivência e por ter compartilhado com todos nós a presença de alguém muito especial como o Zé D’Ovídeo.
Está cumprida a “missão”, plantaram as árvores, tiveram os filhos e escreveram o livro na alma de todos nós.
Saudades e admiração são o que sempre vai ficar.


Maria ....como sempre fui chamada.