São Paulo me parece grande, em lente focada para este olhar.
Quando oferece espaços de cultura, lazer, praças para brincar.
Beleza natural das construções de estilos e memórias
No centro, paço de concreto assumido...
Trabalhar...
E trabalhando vai crescendo, se esticando e cada vez mais espaços,
Ocupa no coração das pessoas, nas pontes, nas janelas, nas calçadas.
Nos bairros e subúrbios, nas favelas...
Periferia...
Passa a se chamar.
Ai então fica muito pequena.
E sua pequenez incomoda o grande centro majestoso.
São Paulo se encolhe nas famílias dos barracos, gatos, nos puxadinhos e puxados...
Dos achados, aproveitados e catados.
Das necessidades grandes, escondidas e repelidas ao lindo olhar.
São Paulo hoje me parece fria,
Úmida das chuvas e das roupas que não secam com o sol...
Nos únicos casacos de vestir
Na comida certa em fim de feiras,
Em portas de restaurantes e bares,
Nos faróis...
De olhos de crianças sem sorrisos, escola, comida ou pais, a caminhar...
E cada vez menor São Paulo cresce,
Das mãos, que para de fato não olhar,
Oferece o pouco, o mínimo por trás do vidro escuro semi-aberto.
Esmolas, balas algo para dar!
Omitem em si, suas próprias culpas.
Diante do invisível que caminha, dorme e mora nas calçadas da cidade.
São Paulo
Que a noite, entre os lençóis, edredons e tetos firmes.
Dorme em paz, à custa de calmantes...
De drogas, álcool e destilados.
Nos escuros dos silêncios consentidos
Aquieta-se e passa pelo tempo
Mesmo que seja sem sonhar.
Quem sou eu
- blogmi
- Mulher, mãe,profissional,amiga dos meus amigos e pronta para novas amizades. Ainda acredito no ser humano...mas não sou ingênua ou burra. Até mesmo, bastante inteligente...eu sei. Talvez um pouco tolerante demais , mas não queira ultrapassar os meus limites, fico irreconhecivel!(já me disseram). EU SOU assim.
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