Quem sou eu

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Mulher, mãe,profissional,amiga dos meus amigos e pronta para novas amizades. Ainda acredito no ser humano...mas não sou ingênua ou burra. Até mesmo, bastante inteligente...eu sei. Talvez um pouco tolerante demais , mas não queira ultrapassar os meus limites, fico irreconhecivel!(já me disseram). EU SOU assim.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Em tempo de eleições...

São Paulo me parece grande, em lente focada para este olhar.
Quando oferece espaços de cultura, lazer, praças para brincar.
Beleza natural das construções de estilos e memórias
No centro, paço de concreto assumido...
Trabalhar...

E trabalhando vai crescendo, se esticando e cada vez mais espaços,
Ocupa no coração das pessoas, nas pontes, nas janelas, nas calçadas.
Nos bairros e subúrbios, nas favelas...
Periferia...
Passa a se chamar.

Ai então fica muito pequena.
E sua pequenez incomoda o grande centro majestoso.
São Paulo se encolhe nas famílias dos barracos, gatos, nos puxadinhos e puxados...
Dos achados, aproveitados e catados.
Das necessidades grandes, escondidas e repelidas ao lindo olhar.

São Paulo hoje me parece fria,
Úmida das chuvas e das roupas que não secam com o sol...
Nos únicos casacos de vestir
Na comida certa em fim de feiras,
Em portas de restaurantes e bares,
Nos faróis...

De olhos de crianças sem sorrisos, escola, comida ou pais, a caminhar...

E cada vez menor São Paulo cresce,
Das mãos, que para de fato não olhar,
Oferece o pouco, o mínimo por trás do vidro escuro semi-aberto.
Esmolas, balas algo para dar!

Omitem em si, suas próprias culpas.
Diante do invisível que caminha, dorme e mora nas calçadas da cidade.

São Paulo
Que a noite, entre os lençóis, edredons e tetos firmes.
Dorme em paz, à custa de calmantes...
De drogas, álcool e destilados.
Nos escuros dos silêncios consentidos
Aquieta-se e passa pelo tempo
Mesmo que seja sem sonhar.

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